Águas do Peri: conectando ciência e cidadãos

Na tarde de 21 de março finalizamos a instalação de todas as placas da Trilha da Gurita, e os primeiros dados já foram coletados pelos cidadãos cientistas, confira alguns deles abaixo:

A placa 01 demonstrou um padrão comportamental estático, há 1 mês em que a altura da água mantém o mesmo nível, 8cm.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Já a placa 02 variou 5cm em um mês, observe nas imagens abaixo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Quanto à placa 03, os cientistas cidadãos não concordaram totalmente em relação à possibilidade de ouvir ou não a água no ponto em que a placa está instalada. Isso interfere na confiabilidade dos dados, um dos tópicos estudados na ciência cidadã. Para aferir isso comparamos dados coletados por cientistas cidadãos no mesmo dia com uma proximidade de tempo entre uma resposta e outra assumindo que o estado de umidade do solo ou de nível do rio ainda seria o mesmo, esperando assim a mesma resposta advinda de diferentes fontes. Quando as respostas diferem nessas ocasiões, a confiabilidade nos dados, isso é, o quanto podemos confiar nos dados, abaixa.

 

Com isso foi observada uma confiabilidade média em relação as respostas da placa 03 pela discordância de cientistas cidadãos sobre o mesmo ponto no mesmo dia.

 

 

 

 

 

 

 

O mesmo ocorreu em relação à placa 04, os turistas discordaram em relação à possibilidade de ouvir a água. Como é a segunda vez que esssa discordância acontece foi levantado o questionamento sobre a acuracidade da pergunta, que pode estar confundindo os cientistas cidadãos na hora de respondê-la e assim diminuindo a confiabilidade dos dados. Observe a seguir as respostas em relação à placa 04.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Mais a frente da trilha o turista deparam-se com a placa 5, uma placa de medição de nível que mostrou um resultado surpeendente, variação de 26cm em 10 dias. O nível da água na régua foi de 26 para zero dentro desse período, demonstrando que o canal seca em períodos de estiagem. No dia que o dado de seca foi coletado já haviam vários dias sem chuva e outros dados ao longo da trilha demonstraram o caminho bem seco. Seguem imagens:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Novamente aferiando sobre a possibilidade de ver, ouvir e perceber o fluxo da água, a placa 6 demonstrou uma discordância entre as respotas maior que a das placas anteriores, apontando assim baixa confiabilidade nos dados coletados nesse local por cientistas cidadãos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Já a placa 07 afere o nível da água na cachoeira e se mostrou estática em 56cm. Esse padrão comportamental pode ter se dado pela curta distância temporal entre um dado e outro, 5 dias. Maiores conclusões podem ser tiradas com a coleta de futuros dados em dias diferentes.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Mais uma vez, a confiabilidade dos dados se demonstrou média na placa 08, quando cientistas cidadãos discordaram acerca da possibilidade de se observar água acumulada no local, mas dessa vez concordaram que não era possível ouvir a água. Seguem relatório e imagens:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Por fim,  a placa 9 só teve seus dados coletados uma vez até agora. Sua localização é a menos acessada por se tratar de uma continuação da trilha após a cachoeira, saída para o Sertão do Ribeirão, não há muitos turistas que passam por lá. Portanto, sua confiabilidade não foi aferida.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Esse relatório foi concluído com os dados coletados até 02/04/2025.

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